segunda-feira, 8 de julho de 2013

Voto em Lista Fechada e Financiamento Público das Campanhas Políticas são isso tudo que a Superinteressante ~desenha~ como soluções para nosso sistema político?



Em geral o vídeo chama por uma maior participação popular [ou seja, de todos nós] na vida política. O que é [super]interessante. Mas, o que pode parecer ser um vídeo descolado sobre cidadania e política na verdade saiu mais como uma tentativa de justificar e tornar aceitáveis duas das mais nefastas propostas de engabelação geral e incluí-las na tão esperada "reforma política" que moralizará e dará[será?] um prumo decente à nossa política.

A primeira das teses, a de que o "voto em lista fechada", seria justificado pois políticos não apresentam idéias ou projetos [daí serem esquecidos] MAS os partidos sim é uma conclusão precipitada, pois se a maioria dos políticos não nos apresenta propostas que REALMENTE tenham sido estudadas em seus pormenores, os "nossos" partidos, a grandíssima maioria, também não agem assim. Talvez os mais radicais comunistas tenham esse tal "conteúdo programático" que será seguido à risca e que seu eleitor conhece de cor, mas [graças a deus rsrs] é uma minoria da minoria, além desse tipo de engajamento em Partidões Comunistas Centrais ser vastamente conhecido e devidamente repudiado por qualquer pessoa que tenha um real apreço pela democracia e sua estabilidade institucional [não confundir com estabilidade para os OCUPANTES dos cargos políticos]. Então, o voto em lista fechada vinda de nossos ~coerentes~ partidos [vão acabar as coligações esdrúxulas, por acaso? cês juram, né?] é uma melhor solução do que votar em algum político que a pessoa conheça e que se salva num vasto mar de M? suspeito que não.

A proposta seguinte ~se desenha~ a partir do ponto em que é insinuado que o salário de 26 mil é alto ~mas não é de marajá~ e que o problema mesmo são os benefícios para custeamento da ~otoridade~ serem – AR-RÁ!!!- utilizados para os mesmos parlamentares pagarem a grupos de interesses que financiaram sua campanha ~privadamente~, o que é somente um gancho que os leva a sugerir que o FAMIGERADO ~financiamento público de campanha~ será a maravilhosa solução encontrada para terminarmos com essa promiscuidade toda. Proponho um exercício: se feita a conta de quanto gastamos com o custeamento de nossos legisladores [vamos contar os ministérios e secretarias do poder executivo?] e quanto foi diretamente desviado em contratos e licitações [pode até usar os números só dos que foram pegos em operações da PF ou dos MPs como parâmetro] acho que o grosso mesmo da grana não é o dessas benesses. O buraco é bem maior do que isso. 


Aliás, é um sistema em que temos um monte de gente que já faz maracutaia para a simples, porém fundamental e que acaba sendo injustamente tirada de pessoas honestas, posição de CANDIDATO [é dificílimo e maracutaias rolam para uma simples[?] candidatura a vereador]. E, caso esse novato consiga ultrapassar esse "filtro" partidário e, além disso, passar a ser favorito ou sequer a ter alguma relevância por, quem sabe?, começar a mexer em algumas feridas de nossa instituição política, ~caciques locais~ ainda darão um jeito de alijá-lo do processo eleitoral. O que faremos, então? Simplesmente desviar MAIS dinheiro público diretamente para esses tais ~financiamentos de campanhas~? Então vão parar com o ~pequeno~[uma das estapafúrdias linhas da defesa na AP 470] delito de “caixa 2”? Conta outra! Então além de nós sermos obrigados a perder um domingo para votar em filas intermináveis e tumultuadas, ainda seremos obrigados a FINANCIAR o processo todo para evitar que os tadinhos dos candidatos se submetam às terríveis pressões de agiotas e empreiteiros ávidos por conseguirem um esquema com os cofres públicos ATRAVÉS dos nobres que forem eleitos e, coitados, serão reféns do inescrupuloso ~corruptor~. Parece que está incompleto o ~desenho~ da situação, além de minimizar o foco no CORRUPTO. Quase deu pena desses "vendidos".

Resumindo: não dá para concordar com nenhuma das duas principais propostas ~desenhadas~ no vídeo, e os motivos são vários para que achemos que, ao contrário, elas serão um retrocesso maior ainda.

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