quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

GUIDO MANTEGA, jênyo do mal

Istoé Dinheiro: "Os preços não cairiam mais para o consumidor se o mercado fosse livre?"

JENYO DO MAU: "se o mercado fosse livre, iria acabar com a indústria nacional. Só haveria produção na China, na Coreia, e o Brasil se tornaria só um grande importador. Voltaríamos ao Brasil da Primeira República."

Leandro Roque, do Instituto Mises Brasil: "De acordo com o preclaro, livre mercado gera produção na Coréia e na China, mas não no Brasil.  Por quê?  Por que a Coréia ganha com um livre mercado e nós perdemos? Sei que existe a desculpa de os salários da China serem baixos e as condições de trabalho serem ruins, e não queremos concorrer nesses termos; mas e a Coréia?  Será que Mantega também acha que os salários coreanos são baixos e as condições de trabalho igualmente insalubres?  Ninguém percebeu, mas o ministro simplesmente nos chamou de incompetentes e frouxos.  Segundo ele, se tivermos de concorrer, trabalhar duro e apresentar produtos bons e eficientes, vamos apanhar feio dos asiáticos, pois não temos capacidade nem intelectual e nem produtiva, e muito menos disposição para o trabalho duro, de modo que eles são muito melhores do que nós em todos estes quesitos.  Logo, a melhor coisa a fazer é nos fecharmos covardemente em relação a eles.  Se formos para o mano a mano, isto "iria acabar com a indústria nacional".

O que acaba com a indústria nacional, ministro, não é a livre concorrência, mas sim:
1) a carga tributária — IRPJ de 15%, mais uma sobretaxa de 10% sobre o lucro que ultrapassa um determinado valor, mais CSLL de 9%, mais PIS de 1,65%, e mais COFINS de 7,6%;

2) a inflação monetária — que, ao aumentar artificialmente os lucros das empresas, faz com que o volume de impostos que elas têm de pagar aumente na mesma proporção, o que exaure seus recursos.  Simultaneamente, a inflação monetária também encarece os preços dos bens de capital (máquinas) e das peças de reposição do maquinário.  Ao final, a empresa, além de ter menos recursos (os quais foram confiscados pelos impostos), tem de adquirir bens de capital e peças de reposição a preços maiores, o que significa que houve uma redução na sua capacidade de investimento.  A inflação, portanto, gera um consumo de capital das empresas.

3) a burocracia;

4) as regulamentações restritivas;

5) o movimento ambientalista;

6) os encargos trabalhistas e sociais;

7) os sindicatos.

A livre concorrência, ao contrário, fortalece uma indústria.  Mantega deve ser daqueles que, ao ver um restaurante sendo inaugurado em frente a outro restaurante concorrente, pensa assim: "Puxa, os serviços vão piorar!" 

Mas, que ao menos fique registrado: ninguém menos que Guido Mantega admite não haver livre mercado no Brasil.  Logo, quando a próxima recessão vier, não vale dizer que a culpa é do mercado.

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