sábado, 11 de fevereiro de 2012

DESCULPEM A CAIXA ALTA DESCONTROLADA [com trollada]

Talvez o fidalgo que repliquei no último postado esteja, em verdade, somente desgostoso com o carnaval pausterizado, que cada vez mais perde sua loucura. Concordo que há toda uma indústria Carnavalesca, Pão e Circo, essas coisas [mas não acho ruim, adianto], mas dizer que isso resume o carnaval, que o pobre de antigamente [á, os bons e velhos tempos de vovó...] era mais autêntico - e que o de hoje -corrompido pelo capitalismo, coitado -  parece estar fadado a se entregar à loucura da Sapucaí ou do Barra-Ondina, meu caro, uma sugestão: leia menos autores [metidos a intelectuais] marxistas e procure viver um pouco mais o mundo que te arrodeia.

Ao que sei, o colega mora nas Alagoas, portanto o que não falta é gente animada a se divertir por conta própria, sem precisar de decretos, baseados apenas em tradições ou em maluquices carnavalescas [e sabemos que quaisquer cinco minutos fazem uma folia "tradicional" por estas plagas. Aliás, "maluquice carnavalesca" não seria uma redundância?]. Ou seja, por mais que o discurso fique bonitinho em tese, não se encaixa na prática: nosso povão alagoano fica encachaçado, louco, eufórico, Dionisíaco no Carnaval.

Como aludi no título passado, expôs o nobre conterrâneo descontentamento com o carnaval, mas pelos motivos errados. E ainda aí, na escolha dos motivos errados, conseguiu ferir à lógica. O envolvimento de prefeituras "ajudando" empresas particulares com o dinheiro arrecadado de TODOS é errado, sim, mas não é esse o ponto principal que o colega ataca, claro, ele é fiel ao atual Estado [com E maísculo, como em Estado Forte] em que se encontram nossas Ciências Humanas em Universidades Públicas: dominado pelo viés sub-reptício esquerdista: o problema está, sempre, em fazer dinheiro com o Carnaval BurguÊs.

Vejam bem, se empresas subornam a Prefeitura para excluir concorrentes da produção carnavalesca [ou se o lobby vai mais além, como parece] a função mesma do empreendedor que quer alcançar o maior número possível de pessoas em livre acordo não está errada. O erro começa quando um empreendedor resolve EXCLUIR [com uma mãozinha da proteção governamental] outros da concorrência, além de prejudicando diretamente aos concorrentes, a prejudicar TODO O RESTO da massa mômica que quer, afinal, achar um lugar para se divertir - e trocar o dinheiro obtido com o trabalho nos meses anteriores por isso, ué. A vida tem que ser dura sempre? Não, né?, como ele mesmo bem coloca na parte clichê da tal da "inversão dos valores". Quer ajudar o pobre? Não é fodendo os burgueses, é TORNANDO-O UM BURGUÊS. Está na cara e ele não vê!

E em vez de ver a sujeira no Estado, que inverte sua função de proteger o bem GERAL e passa a proteger particulares que pretendem PREJUDICAR o livre gôzo alheio - como sói- , vê a sujeira na sociedade consumista/aburguesada. Vê bem: se a busca por uma vida menos dura [ou mais amena] é um  que esquerdistas, como SUPOSTOS defensores dos pobres, almejam para a sociedade, então, CONSUMIR*, por si só, não pode ser errado de saída. Aburguesemo-nos, já disse.

Enfim, uma pena que esquerdistas tenham tanta vontade de ajudar e só remem pro lado errado.


*Atenção, não sou Keynesianista

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